18 abril 2006

Software livre arma novos revolucionários

Nada de coquetéis molotov ou actividades clandestinas. Nunca foi tão fácil se tornar um revolucionário como nos tempos da internet. Com alguns cliques rato, podes te juntar ao movimento do software livre, que reúne milhares de activistas em todo o mundo. Muitos estarão presentes nesta semana em Porto Alegre, no 7º Fórum Internacional de Software Livre.

Lançada pelo norte-americano Richard Stallman nos anos 80, essa iniciativa propõe o desenvolvimento conjunto de programas para computadores por colaboradores de todo o mundo. Entre os exemplos mais conhecidos estão o sistema operacional Linux, o pacote de aplicativos OpenOffice e o navegador de internet Firefox.

Em geral gratuitos ou mais baratos que os programas proprietários, os softwares livres podem ser instalados, melhorados e redistribuídos por qualquer um. Com código aberto, estão em revolução permanente.

Já os aplicativos proprietários – o caso mais famoso é o Windows – são desenvolvidos e comercializados por uma empresa, que mantém os direitos sobre o código e suas novas versões. Ninguém pode fazer, legalmente, cópias ou tentar descobrir como o programa foi escrito, muito menos alterá-lo. Há quem não se incomode em pagar por esses softwares e obedecer às suas regras, desde que os programas funcionem bem no seu pc.

Outros, contudo, crêem que, no mundo altamente tecnológico de hoje, ferramentas essenciais para o trabalho e a vida social como os aplicativos de computador, não podem ser caixas-pretas controladas por poucos – mas instrumentos abertos a toda a sociedade. “A evolução científica só foi possível porque as idéias estavam disponíveis para outras pessoas”, acredita o programador brasileiro Marcelo Tosatti, de 22 anos, que durante anos foi responsável pelo coração do Linux, o kernel.

Fonte: Link.estadão

Categorias:

0 comentários: