24 maio 2006

E como se ganha dinheiro com software grátis??

O Sr Bill Gaitas repete quando quer justificar o software proprietário em desfavor do livre que o trabalho dum programador é valioso demais para ser oferecido, que é o maior valor duma empresa e como tal, o software tem de ser fechado e vendido! E será que tem razão? Afinal como é que o pessoal do software livre e as empresas que neste ambiente trabalham, ganham a vida?

Primeiro é preciso insistir que lá por ser software livre e aberto não quer dizer que seja à borla, por outras palavras, não possa ser vendido! Atenção a isso!

Segundo, ora vamos lá imaginar um programador que nas horas vagas se entretem a fazer um programa, a melhorá-lo e a fornece-lo grátis à comunidade. Por exemplo, um pequeno programa em qt para o ambiente KDE. Será que está a perder tempo? Vendo bem, está a programar usando o KDE, a usar várias ferramentas nele incluidas e usando o próprio Linux à borla! São muitas horas de muitos programadores! Afinal está a perder tempo?

Terceiro, imagina que trabalhas numa aplicação, bom software por acaso. Existe uma ou mais empresas que o usam. Quem será o fulano mais indicado para dar suporte a esse software?? Pois é. Quem melhor para dar suporte que o próprio programador que o criou! Dar suporte é muito lucrativo! E o software em questão está à disposição de quem quiser, livremente. Ganha o desenvolvedor do software e as empresas que dele necessitam, pagando apenas o suporte e poupando na inexistencia de licenças...

Quarto, tem o pessoal que trabalha numa empresa de software criando e desenvolvendo determinado software para ela. Ela está sempre precisando melhorar e evoluir esse software e paga aos programadores para o fazerem, embora o software seja livre e grátis. Ou até programando aplicações para uma empresa que acaba por fornece-lo gratuitamente, mas depois a mesma empresa vai cobrar em formação, consultadoria, em projectos, etc. E os programadores que são seus funcionários recebem o seu vencimento.

O que se valoriza hoje não é o programa, mas sim a pessoa que está por trás dele. Faz lembrar a anedota dum tipo que tem o pc encravado e cheio de dados importantes e pede ajuda a um técnico. Ele vem, olha para o pc, e olha, e pensa e após carregar em 3 ou 4 teclas fica o problema resolvido. O primeiro fica contente e pede a conta. E é bem cara! Ele exige que justifique tão elevado preço e o segundo responde: 1€ por carregar nas teclas e 1000€ por saber quais as teclas onde devia carregar!

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