Será que o Linux tem que aprender com a Microsoft?
Um tal de Steven J. Vaughan-Nichols escreveu um artigo na LinuxWatch sobre o que ele achava que o Linux (as empresas que trabalham com ele) deveria aprender com a Microsoft. E tem uma certa razão, visto a Microsoft ter o sucesso e o proveito que tem, vendendo produtos na maior parte dos casos com qualidade muito inferior à concorrencia. Ou seja, o linux tem força, é seguro, é bom mas não consegue ter o sucesso como a Microsoft. Segundo o Steven existem 5 itens que deviam ser seguidos:
- MSDN. Com o MSDN, os programadores tem acesso a ajuda, tutoriais, programas e muito mais para os auxiliar.
- Interface Comum. Ele diz que os utilizadores querem ter uma interface comum, seja nos programas, seja no próprio window manager. Como tal, o Linux deveria fazer o mesmo, porque saltar dum KDE para Gnome ou Enlightment torna-se frustante para o utilizador.
- Formatos Comuns. Os formatos da Microsoft ao longo dos anos e apesar dos upgrades de versões dos programas que os criaram, tem conseguido (+/-) ser lidos, usados e sem perder os dados.
- Marketing. A Microsoft gasta milhões e milhões em marketing para conseguir seus objectivos e tem-no conseguido. Com o Linux há marketing discreto e pontual. Houve a ideia da novidade do Linux mas enquanto ele se torna mais comum, essa novidade desaparece.
- OEM. Os windows vem instalados nos pcs de fábrica. A maioria das pessoas não querem instalar os sistemas operativos nos pcs, apenas querem usar os pcs já com o sistema operativo instalado, então compram os pcs com eles já instalados!
Concordo em parte com o que ele opina. Sobre o item MSDN, existe algo equivalente que é o sourceforge embora se calhar, não tão bom como o MSDN. Tenho visitado com alguma frequencia o sourceforge e nunca o MSDN, não quero me aprofundar muito neste assunto mas reparo que existe grandes sinergias, multiplicação de projectos e aplicações, constantes upgrades das versões e tudo em software livre. Com o software proprietário não vejo isso acontecer. Será impressão minha? Se calhar não haverá necessidade dum MSDN do software livre, ou fará?
Interfaces comuns! Ora eis algo que discordo vivamente! O Linux nasceu e vive abraçado à ideia da liberdade, a liberdade de escolha da distribuição que queremos, dos programas que gostamos, da interface que nos agrada. Usar uma interface comum faz-me logo lembrar o totalitarismo onde todos usam o mesmo e se vestem por igual! Se os utilizadores querem usar a interface X no trabalho e em casa, são livres de o fazer, mas se quiserem usar KDE no trabalho, gnome no desktop de casa e Fluxbox no portátil, em Linux são livres de o fazer! Já basta quando em windows apenas tem um interface e não há hipótese de escolha, Por alguma razão vejo tantos utilizadores de windows perderem imenso tempo a modificarem seus desktops, seus ambientes de trabalho com programas vários porque estão fartos do unico interface que vem desde o windows 95....
Formatos comuns e standards são algo que o Linux sempre se bateu, ao contrário do windows que queria que os seus formatos fossem standards. Com o ODF foi dado um grande passo e com a adesão de cada vez mais empresas e organismos estatais a este formato, augura-se um bom futuro para ele e para o Linux.
Quanto ao marketing, não só o Linux como as várias distribuições mainstreams, tem muito que aprender e gastar. Aprendam com a microsoft porque ela é uma boa professora.
Por fim, o item dos pcs já com Linux pre-instalado. Vejo apenas passos débeis e incompreensíveis por parte da IBM, HP e outros, que apesar de apoiarem o Linux, continuam a pré-instalar windows nos seus portáteis. Ainda hoje se torna dificil encontrar pcs sem windows. Recordo-me que a Triudus, a pedido do cliente, instalava um Linux e descontava 100€ no preço final do portátil e ainda hoje a Inforlandia faz algo parecido. Para os lados de Sintra, temos a Memória Persistente que vende pcs com Mandriva e pouco mais se vê por aqui....
Em resumo, julgo que as distribuidoras de Linux, e outras multinacionais como Sun, IBM, etc tem realmente que aprender umas quantas coisas com a Microsoft para que tenham mais sucesso e tornem o Linux mais mainstream por esse mundo. Mas não a qualquer preço como o Steven opinou....
Interfaces comuns! Ora eis algo que discordo vivamente! O Linux nasceu e vive abraçado à ideia da liberdade, a liberdade de escolha da distribuição que queremos, dos programas que gostamos, da interface que nos agrada. Usar uma interface comum faz-me logo lembrar o totalitarismo onde todos usam o mesmo e se vestem por igual! Se os utilizadores querem usar a interface X no trabalho e em casa, são livres de o fazer, mas se quiserem usar KDE no trabalho, gnome no desktop de casa e Fluxbox no portátil, em Linux são livres de o fazer! Já basta quando em windows apenas tem um interface e não há hipótese de escolha, Por alguma razão vejo tantos utilizadores de windows perderem imenso tempo a modificarem seus desktops, seus ambientes de trabalho com programas vários porque estão fartos do unico interface que vem desde o windows 95....
Formatos comuns e standards são algo que o Linux sempre se bateu, ao contrário do windows que queria que os seus formatos fossem standards. Com o ODF foi dado um grande passo e com a adesão de cada vez mais empresas e organismos estatais a este formato, augura-se um bom futuro para ele e para o Linux.
Quanto ao marketing, não só o Linux como as várias distribuições mainstreams, tem muito que aprender e gastar. Aprendam com a microsoft porque ela é uma boa professora.
Por fim, o item dos pcs já com Linux pre-instalado. Vejo apenas passos débeis e incompreensíveis por parte da IBM, HP e outros, que apesar de apoiarem o Linux, continuam a pré-instalar windows nos seus portáteis. Ainda hoje se torna dificil encontrar pcs sem windows. Recordo-me que a Triudus, a pedido do cliente, instalava um Linux e descontava 100€ no preço final do portátil e ainda hoje a Inforlandia faz algo parecido. Para os lados de Sintra, temos a Memória Persistente que vende pcs com Mandriva e pouco mais se vê por aqui....
Em resumo, julgo que as distribuidoras de Linux, e outras multinacionais como Sun, IBM, etc tem realmente que aprender umas quantas coisas com a Microsoft para que tenham mais sucesso e tornem o Linux mais mainstream por esse mundo. Mas não a qualquer preço como o Steven opinou....
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