29 outubro 2006

Língua portuguesa, um caso de open source?

Este artigo não é bem sobre opensource, no sentido em que não se refere a programas, códigos. Mas é sobre a Língua Portuguesa, em que o seu "código-fonte" é aberto, pode ser estudado e modificado. É falada por todo o mundo e cheia de variações, sotaques, dialectos, etc. Quanto a dialectos de aprendizagem, há apenas dois: o europeu e o brasileiro, e depois há os dialectos ou sotaques dentro de cada País e que no caso brasileiro são imensos. Em Portugal há dois preferidos, o de Coimbra e o de Lisboa. Mas há bem mais e podem ser ouvidos:

  1. Açoriano (ouvir) - Açores
  2. Alentejano (ouvir) - Alentejo
  3. Algarvio (ouvir) - Algarve
  4. Alto-Minhoto (ouvir) - Norte de Braga (interior)
  5. Baixo-Beirão; Alto-Alentejano (ouvir) - Centro de Portugal (interior)
  6. Beirão (ouvir) - centro de Portugal
  7. Estremenho (ouvir) - Regiões de Coimbra e Lisboa
  8. Madeirense (ouvir) - Madeira
  9. Nortenho (ouvir) - Regiões de Braga e Porto
  10. Transmontano (ouvir) Trás-os-Montes
  11. E mais alguns aqui
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2 comentários:

Estou surpreso como não consigo entender o Madeirense. Eu diria qualquer coisa, até que era romeno, mas menos português.

Quando se trata de defender os apoios financeiros do Estado ao futebol português, como aconteceu aquando da construção de vários estádios de futebol para o Euro 2004 – alguns deles para estarem às moscas, como acontece no Algarve...– os agentes desportivos do futebol lusitano costumam enumerar uma série de argumentos que justifiquem essas verbas retiradas dos impostos dos contribuintes. Um desses argumentos tem a ver com a força do futebol como “embaixador” de Portugal e da “portugalidade” no mundo, nomeadamente como veículo da língua portuguesa e também da nossa cultura. É uma tese respeitável e que tem sentido. Aliás, em muitos cantos do planeta, mesmo nos mais improváveis, podem não saber onde é Portugal ou o que é Portugal, mas sabem quem é Luís Figo, Eusébio, Cristiano Ronaldo e José Mourinho, ou sabem que existem clubes de futebol como o Sporting, o Benfica ou o FC Porto, etc.. Independentemente da força planetária destes nomes ou destes clubes, Portugal é vice-campeão europeu e foi quarto classificado no último mundial, estando no lote dos melhores no “ranking” da FIFA. Pois bem, ao entrarmos no sítio da FIFA na Internet, o que encontramos? Encontramos uma página que pode ser lida em Inglês, em Alemão, em Francês e em Espanhol. A Língua Portuguesa, que é mais falada que o Alemão e que o Francês, passa ao lado da FIFA. E é preciso lembrar que a FIFA tem filiados em três continentes cuja língua oficial é o português. Mais ainda: o Brasil, que é o país do mundo com mais títulos mundiais conquistados, também tem o português como língua oficial. O problema é que os senhores que mandam nas federações de países de língua oficial portuguesa estão a marimbar-se para a língua e para a cultura de cada país. Por isso, está na hora de o senhor presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madaíl, exigir, junto da FIFA, que a Língua Portuguesa seja tratada como deve ser pelos velhos senhores da FIFA...