Galp e os aumentos nos combustíveis
Informação da Galp sobre os lucros do primeiro trimestre de 2008:
- Se és um consumidor, esta notícia é para ti (Se fores acionista faça o favor de descer para a notícia abaixo).
Lucros da Galp caíram 8,4 por cento no primeiro trimestre.
A Galp Energia obteve um resultado líquido ajustado de 109 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um valor que representa uma redução de 8,4 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, anunciou hoje a empresa em comunicado.
- Se és acionista, esta notícia é para ti (Se fores consumidor esta notícia não te interessa! Xó, vaza daqui!!)
Lucros trimestrais da Galp sobem 22,9%
A Galp obteve 175 milhões de euros de lucro nos primeiros três meses deste ano, um incremento de 22,9% em termos homólogos, informou esta terça-feira a petrolífera portuguesa.
7 comentários:
22 maio, 2008 19:36
O que me irrita é a passividade primeiro do governo, e em última instância do Zé Povinho...
22 maio, 2008 19:57
1- O Estado ganha à percentagem
2- O Estado ganha mais com o irc da Galp, mais ela faz, mais ele ganha.
Porque deveria o Estado fazer alguma coisa?
22 maio, 2008 19:57
Ao menos o EBITDA é o mesmo nos dois artigos. Os valores em causa são permitem remunerar os accionistas de forma aceitável para o seu investimento e permitem que a própria companhia possa investir no seu próprio futuro.
Estes investimentos apresentam-se como muito elevados para os próximos anos.
(Nota: a minha família tem interesses no sector energético)
22 maio, 2008 20:18
é de mim ou as notícias referem-se a empresas diferentes ?
Na primeira aparece a Galp Energia, na segunda apenas Galp....
22 maio, 2008 20:19
Mercado de futuros a um ano: preço do petróleo está a 172 dólares o barril
22 maio, 2008 21:40
eles amanhã desmentem, dizem que isto é produto do trabalho de um colaborador isolado que fez contactos contraditórios com diferentes orgãos de comunicação por pura auto-recriação
28 maio, 2008 15:20
Hoje já quase toda a gente percebeu que acabou a comida barata, a energia barata, os combustíveis baratos ou a água barata. Estão a tornar-se bens de luxo ou quase, a que cada vez terão mais dificuldade de acesso as classes médias e de menores rendimentos.
Como é possível que o governo português ainda recentemente tratasse a questão dos combustíveis como uma birra dos condutores mal habituados, subordinada em termos de importância ao equilíbrio orçamental ? Onde estão as previsões e as medidas preventivas que seriam de esperar de um governo responsável ?
Como se explica a resignação e passividade da Europa perante o encarecimento acelerado de produtos de que dependem os seus mais básicos padrões de vida, ao ponto de ter que ser acordada por um Manuel Pinho ansioso por encontrar bodes expiatórios ?
São todos incompetentes e irresponsáveis ou há outras explicações para este fenómeno ?
Convém talvez compreender que, mesmo dentro de um país como o nosso, nem todos são afectados da mesma forma e alguns até podem sair beneficiados destas crises. Quem exporta para Angola e é pago pelos rendimentos do petróleo talvez não tenha razões de queixa, ou quem é accionista da Galp, ou quem vende para a Venezuela às cavalitas do governo de Sócrates, ou quem tem sempre os combustíveis, e não só, pagos pelas empresas ou pelo Estado.
Esta questão dos preços do petróleo, do acesso ao crédito e aos produtos alimentares pode afinal ser, no essencial, mais uma forma de certas classes expoliarem outras.
Também ao nível internacional, nomeadamente na Europa e EUA, conviria perceber quem ganha e quem perde com este terramoto. Para sabermos se estamos perante aprendizes de feiticeiro que jogam um perigoso xadrez contra as potências emergentes, em que as peças são poços de petróleo e mísseis nucleares.
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