Urnas eleitorais electrónicas, com que software?
Nesse vídeo, Clint Curtis diz que Feeney lhe pediu para escrever um programa para a tal máquina de votos, um touchscreen, de modo que os votos fossem numa razão de 51-49 em seu favor, fosse qual fosse a verdadeira votação, e de uma maneira indetectável.
Independentemente de ser verdade ou não, este episódio lança a discussão sobre o software proprietário fechado versus software livre e aberto, e num campo muito sensível como são as eleições, eventualmente eleições para governos nacionais ou para Presidências de um qualquer País.
Na minha opinião, e que julgo não ser única, os programas para qualquer máquina de votos NUNCA poderá ser software proprietário fechado porque o proprietário do programa, ou o programador que o fez, ou o governo apoiado em qualquer instituição independente, nunca poderá garantir que o software irá fazer exactamente aquilo que os eleitores esperam que faça! Para já não falar de bugs ou falhas de segurança. O representante desse programa, pode jurar a pés juntos pela saude da sua família, pela sua honestidade ou pelo que quiser, que o programa não tem nenhum truque nem faz batota, mas sendo ele fechado, NUNCA o poderá provar.
Se for software livre, qualquer programador, qualquer instituição ou empresa, poderá ter acesso a todo o código fonte do programa em questão, poderá ver in loco e testá-lo se o quiser, se existe algum erro ou trapaça nele e se algo estiver mal. Caso algo esteja mesmo mal, bastará alertar onde está o erro e a correção terá de ser feita obrigatoriamente para garantir a imparcialidade e a boa funcionalidade do programa.
Julgo que em portugal já se está a usar as urnas elctrónicas em fase experimental nos Açores, alguem que me corrija caso esteja errado, e parece-me que o software é proprietário fechado. Nunca li que alguem se tenha revoltado ou pelo menos questionado sobre esse assunto, mas por mim posso afirmar que se tiver que votar numa dessas urnas e o código não for aberto, simplesmente não votarei e continuarei a fazer campanha contra este modelo de votação electrónico.
Fonte: Boing Boing
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