Foi lançada ontem a famosa suite de escritório do KDE, a Koffice, versão 1.5.
Esta suite é constituida pelo processador de texto Kword, pela folha de cálculo Kspread, pela aplicação de apresentações Kpresenter, pela aplicação de desenho vectorial Karbon14, pela aplicação de desenho Krita, pela aplicação de base de dados Kexi, pela Kivio e pela Kplato.
Como principal evolução em relação à versão anterior, é o facto de agora usar o OASIS OpenDocument como formato por omissão nas aplicações de produtividade como o Kword, Kspread e Kpresenter. As aplicações Kchart e Kformula tambem suportam o openDocument mas não totalmente ainda.
12 abril 2006
[+/-] |
Koffice 1.5 is out!! |
09 abril 2006
[+/-] |
Falhas de segurança e formatações... |
-Uma não notícia: Secunia alerta para nova falha de segurança no IE6. (isto é uma notícia??, claro que não!)
-Uma meia notícia: Esta falha de segurança tambem atinge o IE7. (Todos sabíamos que o IE7 é o IE6 com pintura nova, por isso...)
-Uma notícia: Kaspersky alerta para novo vírus que atinge multiplataformas, neste caso windows e linux. (Já é uma notícia!)
-Outra notícia: Security Manager da microsoft fala sobre a segurança do windows: "formatem tudo e reinstalem!"
Quanto à não noticia e à meia notícia: basta um utilizador andar a passear num site com determinado código flash malicioso para ficar infectado e abrir os portões do pc a um hacker sem escrúpulos. Bem feito! Os utilizadores do windows estão mais que avisados para não navegarem pela web com porcarias como o IE.
E com esta falha, já são 4 falhas que não são corrigidas pela microsoft. Eles dizem que lá para o dia 11 de abril lançam um pacote com sapos, aliás, patchs que talvez resolvam os bugs embora não garantam que os resolvam a todos, e entretanto, os infelizes utilizadores de windows que se amanhem! Por causa disso, as empresas eEye e a Determina fizeram patchs próprios para as correções.
Quanto à primeira notícia: é um vírus de baixo impacto, segundo Kaspersky, que atinge tanto o windows como o linux e pode fazer estragos no directório actual e chama-se Virus.Linux.Bi.a/Virus.Win32.Bi.a. O "Bi" será porque é bisexual? Ataca para os dois lados? Isto mostra que há pessoal a interessar-se por outros sistemas que não só o windows, mas ainda bem que a filosofia do linux já os prevê há muito e torna o sistema operativo uma dor de cabeça para os criadores de vírus...
Quanto à ultima notícia: Mike Danseglio, program manager no grupo de segurança da microsoft, diz que os ultimos malwares são tão potentes que as empresas com pcs infectados, devem esquecer em tentar limpar os sistemas contaminados e começar a pensar em estabelecer políticas de processos de backup e recuperação de sistemas do que andar a perder tempo com ferramentas de antivírus para recuperar os pcs de malware.
"Quando começamos a mexer com rootkits e programas de spyware sofisticados, a única solução é recomeçar do zero, em alguns casos, não há mesmo hipótese de recuperar o sistema...", disse Mike Danseglio.
De vez em quando, quando pergunto numa empresa porque preferem queimar imenso dinheiro em licenças quando podiam ter os sistemas deles a funcionar por muito menos com software livre, uma das desculpas é: se precisarmos de apoio, quem é que o dá?? Com software proprietário temos esse apoio!
Agora este senhor da microsoft diz com todas as palavras o que todos sabiamos: "eu sei que voces pagaram bem pelo nosso software, fizeram-nos podres de ricos, nós vendemo-vos software rasco e agora pensam que tem assistencia?? Ah ah ah, formatem tudo, percam tudo caso não tenham feito backup e reinstalem!! Apoio?? Assistencia?? Deixem-me rir!!!!!"
E ficamos todos felizes porque todos acham isto perfeitamente normal.
[+/-] |
Down with DRM |
Um tal senhor da RealNetworks, de nome Jeff Ayars e que é vice-presidente da dita empresa, veio dizer na Linuxworld que o linux precisa de suporte DRM para que tenha sucesso nos consumidores. E caso não o faça, ou seja, caso não adicione suporte a tecnologia de restrições de cópia, o linux arrisca-se a ser excluido do mercado, deixará de fazer parte das plataformas de entertenimento, ficando o linux reduzido a servidores e aos negócios, o que desgostará os utilizadores de linux que querem tecnologia de multimedia. Disse tambem que o windows vista está a implementar uma grande quantidade de tecnologias de direitos digitais tais como Protect Media Path, Protect Video Path e Protect User Mode Audio. Diz ele: "Eu gostaria que o linux tambem fizesse o mesmo." E continua dizendo que gostaria que o linux deveria ter incluido o suporte do DRM no sistema operativo. Continua o tipo dizendo que a Linspire, Novell ou a Red Hat estão interessados na tecnologia DRM como, caso seja mesmo verdade, eles fossem os representantes do linux. Quanto ao Linspire, uma distribuição de linux paga, Tom Welch que é chief technical officer ou o que quer que isso seja, considera realmente isso, mas ... quem usa linspire, sem serem alguns americanos....
Sinceramente gostava de saber de que planeta veio este otário e se pensa que alguem que goste de queimar uns cds de música, ou gravar um filminho num dvd, iria gostar que o seu pc o impedisse de fazer isso! Parece que o tipo ainda não percebeu que as pessoas que usam o linux, o usam porque QUEREM ter a liberdade de puxar pela maquina para fazer o que o utilizador desejar! O utilizador de linux EXIGE TER O CONTROLE do software que tem no seu pc! Será que ainda não percebeu que um utilizador JAMAIS aceitará que seja o software a mandar no que o utilizador faz??
E esta opinião não é só minha, a Free Software Foundation Europe (FSFE) contra-ataca e diz que não são os utilizadores que querem o DRM, são as editoras de musica e filmes que querem.....Diz tambem que os consumidores (todos, não apenas do linux!) já mostraram claramente que NÃO QUEREM restrições ao uso de media pelo DRM. O senhor George Greve, presidente da FSFE diz: " O caso do rootkit da sony mostrou claramente que o DRM não é aceitável pelos utilizadores, e que não haverá sucesso com o negócio do DRM. O iTunes da apple permite às pessoas que gravem as suas musicas em vulgares cds, que depois podem ser re-encodados para serem partilhados facilmente. O Emusic.com oferece faixas de audio limpas sem restrições. Nenhuma plataforma de DRM consegue chegar perto de nenhum destes (itunes e emusic) em popularidade.
Fontes: ZDnet
08 abril 2006
[+/-] |
Iniciação ao Linux |
Temos falado aqui de vários temas, a maioria relacionados com Open Source. Falando em open source, é obrigatório passar pelo linux.
Para quem se quer iniciar no Linux, deixo aqui algumas introduções sobre o assunto:
Ajudas são sempre importantes, por isso convém não esquecer de ler o artigo "Linux Man Pages" de Março.
[+/-] |
O restaurante e a sua sopa... |
Vou tentar explicar um pouco como é isto de software proprietário versus software livre e aberto, como se trabalha nas empresas de software proprietário como na microsoft, como se resolve bugs e se implementam patchs...
Para começar vamos comparar a microsoft a um restaurante. Pode não ser a melhor comparação mas neste caso, torna-se simples e eficaz. Os colaboradores da microsoft como programadores, engenheiros e outros sanguessugas serão os cozinheiros, empregados de mesa, etc, do restaurante. O produto da microsoft será como um prato no restaurante.
Chegas no restaurante e compras uma sopa, tipo self-service. Sentas-te e preparas-te para a comer. Alto! Neste restaurante a sopa vem tapada e só a podes comer pela palhinha! Mais, não sabes o que tem dentro da sopa embora te digam que é "bom", não sabes do que nem como foi feita! Mas a embalagem é bonita. E, pior, achas que é normalíssimo e que todos os restaurantes são assim.
Se achares a sopa com pouco sal, não podes pôr sal. Não podes pôr nem tirar nenhum ingrediente dela. O restaurante não te permite, aliás, proibe que destapes a sopa e vejas o que lá tem dentro. Mesmo que tentasses abrir, não o conseguias, não tinhas os meios para isso. Mas achas perfeitamente normal!
Não podes comprar a sopa e dividi-la com alguem, o restaurante não deixa. Podes saber que não consegues comer toda a sopa e ela chegaria para uma multidão à tua volta, é uma sopa para cada cliente e prontos! Se quiseres, dividi-a com outros mas pela mesma palhinha com que chupas a sopa! Estão todos os clientes chupando as sopas pela palhinha, sem saber realmente o que estão tomando embora o restaurante diga que é a melhor sopa do mundo, e estão todos felizes e contentes!
Até que, ...ups! Um cliente engoliu uma mosca!! Mas como todas as sopas são iguais, tambem tens uma mosca dentro da tua sopa! E tu sabes isso. Há uma mosca na sopa do tipo ao teu lado. Há uma mosca em cada sopa no restaurante...E só souberam disso após um cliente a ter engolido!! E sabes que se continuares a comer a sopa, vais tambem mais tarde ou cedo, engolir uma mosca. E até podes saber como tirar a mosca, mas a sopa está tapada e estás proibido de a destapar! Nem tens como resolver o problema da mosca e dependes unicamente da boa vontade do restaurante!
Esquece se pensas que o restaurante te vai devolver o dinheiro ou dar-te indemnização caso te acontece alguma coisa quando comeres a mosca da sopa. Ou que te troque a sopa... Podes dar-te por muito contente se te tirarem a mosca da sopa.
Com este problema das moscas na sopa, os clientes começam a fazer burburinho, a falar alto e a ameaçar ir para outro restaurante.
Os funcionários do restaurante alarmados com as ameaças, decidem então juntar-se e fazer uma reunião para tentar resolver o problema das moscas nas sopas de cada um. E escolhem a solução mais lógica e mais barata, claro, para resolver o problema e nunca mais aparecer moscas nas sopas.
Então eles pedem que os clientes vão até ao balcão com as suas sopas (não esquecer que este restaurante é um self-service) e lá vão os clientes todos com as suas sopas com as respectivas moscas dentro delas, até ao balcão. Ao chegar lá, os funcionários pegam na sopa, levam lá para dentro na cozinha e sem ninguem ver o que fazem, resolvem o problema da mosca na sopa e devolvem a sopa ao cliente. E todos voltam à sua mesa com as respectivas sopas com o problema das moscas resolvido e ficam todos felizes. E todos acham todo este processo ser perfeitamente normal e comum a todos os restaurantes.
E qual foi a solução?
Simples!! Para que as sopas não tivessem mais moscas dentro, usaram um "sistema anti-mosca" na sopa. Totalmente lógico.
Se tem uma mosca na sopa, o sapo come a mosca, e a sopa está tapada. E se aparecer outra mosca na sopa, o sapo irá comê-la.
Nenhum cliente sabe o que tem dentro da sopa. Todos comem a sopa felizes e contentes por ter uma sopa excelente. Os empregados do restaurante ficam tambem felizes por continuarem a receber os milhões que a sopa lhes rende.
Excelente, não é?
Agora noutros restaurantes, que servem sopa à *nix, os clientes não abundam tanto, mas lá muita coisa funciona de modo diferente.
Os clientes tanto podem ir buscar a sopa em regime self-service como podem pedir ao garçom que lha leve à mesa. Se desejarem, os clientes podem, eles próprios ir à cozinha e fazerem eles próprios a sopa à sua maneira e à borla, trazerem a mesma à mesa, comê-la, dar a receita ao cliente ao lado, etc.
A sopa vem destapada. Os clientes podem ver o que traz a sopa, como é feita, pôr-lhe sal, pôr-lhe um pouco mais de água, vinagre quiçá. Os clientes até são incentivados a verem o que a sopa traz dentro e a apontar-lhe defeitos para serem corrigidos.
Mesmo assim há sempre clientes que reclamam que alguns ingredientes não são os melhores, ou não está bem feita. Se tiveres pedido a sopa num restaurante como serviço 24 horas, então terás assistencia imediata. Se tiveres pedido a sopa noutro restaurante sem assistencia ou teres sido tu a faze-la, tens que te safar sozinho, embora os clientes que consomem nestes restaurantes estão sempre prontos a dar-te uma mãozinha para te resolver o problema.
Convém leres uns livros sobre culinária, já que quererás alterar ou fazer a tua própria sopa, não é? Tens sempre a FAQ e o google para descobrires um outro cliente-cozinheiro que já teve o mesmo problema que tu e vive lá na Austrália...
Acho que assim já deu para perceber melhor as diferenças entre as duas filosofias de software e como são resolvidos os problemas com as "moscas na sopa".... O artigo original pode ser encontrado aqui.
[+/-] |
Concorrência a quanto obrigas... |
A Microsoft quando comprou há 3 anos os direitos do software de virtualização à Connectix nunca pensou que tivesse que batalhar tanto para se tentar, e repito tentar se equiparar ao VMWare da EMC.
E assim, surpresa das surpresas, a Microsoft anunciou na Linuxworld em Boston, EUA, no passado dia 3, que o Virtual Server 2005 R2 irá suportar formalmente o Linux. Bom, pelo menos algumas distribuições, nomeadamente as versões enterprise da Red Hat (2.1, 3 e 4) e da Suse (9), assim como as versões standard da Red Hat (7.3 e 9) e Suse (9.2, 9.3 e 10). Além disso, a Microsoft anunciou que esta versão estará disponível para download gratuitamente.
Não quer isto dizer que o virtual server 2005 R2 possa ser instalado num Linux, quer dizer sim que este software poderá emular/ virtualizar sistemas operativos Linux. Nestas coisas a Microsoft tenta que o seu Windows possa virtualizar outros SOs, mas não que seja virtualizado.
[+/-] |
Anti-vírus free e open para windows. E seria para quê? Só windows tem vírus :) |
O pessoal do open-source portou o famoso ClamAV, anti-vírus que tem sido usado no linux, em especial nos servidores de mail com o objectivo de proteger os seguros sistemas operativos windows de coisas más, para windows. Assim os desprotegidos utilizadores do sistema operativo seguríssimo do windows tem uma boa opção para se protegerem com o ClamWin. Ele é fornecido grátis e, segundo o site, já não precisa do cygwin para trabalhar...
Tem apenas um "senão", não faz scan em real-time, sendo preciso o utilizador fazer um scan a algum ficheiro que queira, manualmente! Por outro lado isso implica menos memória RAM a ser consumida com o anti-vírus....
06 abril 2006
[+/-] |
Microsoft news |
Hoje fui bombardeado por notícias boas, outras assim-assim, mas tudo depende do ponto de vista do leitor :)
Para começar, o departamento europeu responsável pelo registo de marcas e patentes negou o registro da fonte “Segoe” para Windows Vista (que seria a fonte padrão), por ser praticamente idêntica à “Linotype’s Frutiger Next” (documento em pdf).
Mais, a Lucent está a processar a microsoft por infringir a patente de uma tecnologia utilizada pela mesma na consola Xbox. É mesmo azar, é caso para dizer: Olho por olho, patente por patente!
Entretanto a microsoft pisca o olho à comunidade open source, e deu um salto ao LinuxWorld para, entre outras coisas, anunciar que irá lançar um site onde dará a conhecer os mais recentes avanços nos trabalhos desenvolvidos a partir dos seus laboratórios Linux. O site deve concentrar no seu conteúdo dicas de programação para melhorar a interoperabilidade de soluções linux com os produtos da empresa da microsoft. Este novo canal de comunicação chamar-se-á Port 25 e permitirá aos clientes da microsoft colocarem perguntas ou pedirem informações aos investigadores da empresa.
Segundo especialistas que analizaram a iniciativa da microsoft acham que é uma forma de diminuir uma certa antipatia que a empresa desperta em grupos defensores do software livre.
Outra interpretação que circula em blogs na web é que a microsoft deseja tornar o mais claro possível que seus produtos são compatíveis com outras linguagens.
Ao tornar claro que há interoperabilidade das soluções da microsoft com outras linguagens, a empresa ganharia proteção contra processos na Justiça que a acusam de formação de truste.
Pois, com estes gajos, nunca se pode confiar! Nunca!
05 abril 2006
[+/-] |
GCompris, para a criançada |
Software aberto, GNU/Linux, open source, etc..parece que tudo isto é coisa de experts, de agarradinhos pelos pcs, mas não! E como exemplo vou falar sobre o GCompris, programa didáctico criado para ajudar/ensinar/divertir crianças dos 2 aos 10 anos.
Este programinha ajuda à descoberta do próprio pc em que se estuda, tem matemáticas, ciências, geografia, leitura, jogos e mais umas coisinhas que perfazem mais de 60 actividades. E tambem vem em portugues!
Há vários pacotes para download, seja win32 seja linux, mas a versão para windows vem muito limitada, só funcionando 16 actividades embora pagando (€20) possa ficar a 100%, enquanto a versão para linux vem logo 100% funcional. O motivo é para "obrigar" as escolas a usarem o linux em vez de continuarem presas a sistemas proprietários e aos jogos de interesses das multinacionais de software.
E não é que é uma boa ideia para a criançada !!! Em Debian/linux é aquela dificuldade enorme em instalar:
$sudo apt-get install gcompris
:)
[+/-] |
Opiniões sobre as chantagens da AFP |
Um anónimo da Covilhã comenta esta situação a táctica do medo criada pelos cretinos da afp:
"Costuma fazer "downloads" quer de música comercializada quer de maquetes de artistas ainda "sem nome" no mundo musical. "Qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento de Internet faz 'downloads' gratuitos de todo o tipo de música e de restantes tipos de multimédia. Seja em 'sites', normalmente piratas, seja pelos programas p2p [peer-to-peer]", diz.
Diz que os utilizadores da internet escolhem a solução mais económica e culpa as editoras pelos preços dos CD e DVD. Não o preocupa ser alvo de uma queixa-crime. "Basta ir a uma loja qualquer da especialidade, que não faltam CD e DVD virgens, leitores de mp3, e até mesmo os programas peer-to-peer originais. Em nenhum lado se vê que todo este material tem que ser utilizado sem desrespeitar os direitos de autor", defende. Acredita que é impossível fazer desaparecer a pirataria informática em torno da música e que só os fãs de determinado grupo é que compram os discos originais.
Este e outros comentários podem ser vistos no JornalismoPortoNet.