Problema:
Muitos dos leitores de ficheiros de música (mp3 e etc) não tocam as musicas pela ordem que é suposto fazê-lo, ou seja, mesmo organizando os nomes dos nossos mp3 por ordem alfabética, o leitor acaba por reproduzi-los por uma ordem errada e não pela sequência original do álbum... o que nalguns casos é bastante aborrecido ouvir um álbum desta maneira.
Isto acontece porque muitos leitores (nem todos) têm sistemas muito simplórios que se limitam a reconhecer apenas o sistema de ficheiros FAT e a ler a tabela “fat” destes que passo a chamar de “índice” daqui em diante, e para além de software para descodificar os ficheiros mp3 não têm nada para organizar os ficheiros por ordem alfabética. Sendo assim estes aparelhos passam as musicas pela ordem que foram copiadas para a memória do mp3, pois o índice do sistema de ficheiros é actualizado a cada ficheiro copiado.
Para complicar mais esta situação, os gestores de ficheiros e mesmo os comandos de copiar ficheiros não copiam os ficheiros de modo ordenado pelo nome como se pode ver no resultado do comando “cp” quando mandei copiar o conteúdo duma pasta:
«Epica/The Classical Conspiracy» -> «/media/095C-F963/Epica/The Classical Conspiracy»
«Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_07 Monatgues & Capulets.mp3» -> «/media/095C-F963/Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_07 Monatgues & Capulets.mp3»
«Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_05 Spiderman Medley.mp3» -> «/media/095C-F963/Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_05 Spiderman Medley.mp3»
«Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_06 Presto.mp3» -> «/media/095C-F963/Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_06 Presto.mp3»
«Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_13 Indigo.mp3» -> «/media/095C-F963/Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_13 Indigo.mp3»
«Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_16 Quietus.mp3» -> «/media/095C-F963/Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_16 Quietus.mp3»
«Epica/The Classical Conspiracy/TCC2_08 Sancta Terra.mp3» -> «/media/095C-F963/Epica/The Classical Conspiracy/TCC2_08 Sancta Terra.mp3»
«Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_03 Ombra Mai Fu.mp3» -> «/media/095C-F963/Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_03 Ombra Mai Fu.mp3»
«Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_17 Chasing The Dragon.mp3» -> «/media/095C-F963/Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_17 Chasing The Dragon.mp3»
«Epica/The Classical Conspiracy/TCC2_01 Never Enough.mp3» -> «/media/095C-F963/Epica/The Classical Conspiracy/TCC2_01 Never Enough.mp3»
«Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_02 Dies Irea.mp3» -> «/media/095C-F963/Epica/The Classical Conspiracy/TCC1_02 Dies Irea.mp3»
….etc, etc, etc,
Dá para ver que o comando copiou os ficheiros pela ordem 7, 5, 6, 13, 16, etc... e como resultado será por esta ordem errada que o leitor de mp3 irá reproduzir as músicas.
Pesquisando por este problema encontra-se muita gente a queixar-se do mesmo e algumas pessoas chegam a afirmar que resolvem o problema copiando manualmente um ficheiro de cada vez, mas para quem tem um autorádio com cartão SD com mais de 2000 musicas gravadas, essa solução é completamente ridícula .
Perdi várias horas a tentar uma forma de obrigar que a cópia de ficheiros fosse feita por ordem alfabética e sempre sem sucesso até que percebi que estava a ver o problema pelo lado errado:
Como é normal, já outra pessoa teve este problema e escreveu um programa para o resolver, e a solução estava não no Google, mas sim no gestor de pacotes de Debian com o nome “fatsort”.
O que o fatsort faz é muito simples e eficaz., limita-se a reorganizar a ordem de nomes no índice da memória do leitor, ou seja, a reorganizar o índice. Deve ser usado com o dispositivo desmontado e geralmente basta um “fatsort /dev/sdh1” apontado ao dispositivo correcto para cada caso.
Num 1º teste com ele e usado a opção -l para apenas listar o ordem do índice obtive isto:
antes:
/kamelot/Haven/
Hv08 - End of Innocence.mp3
Hv07 - Ecclesia.mp3
Hv12 - Revolution.mp3
Hv03 - Citizen Zero.mp3
Hv13 - Haven.mp3
Hv10 - Liar Liar (Wasteland Monarchy).mp3
Hv02 - Insomnia.mp3
Hv05 - Under Grey Skies.mp3
Hv09 - Beautiful Apocalypse.mp3
Hv06 - My Therapy.mp3
Hv11 - Here's to the Fall.mp3
Hv01 - Fallen Star.mp3
Hv04 - Veil of Elysium.mp3
e depois do fatsort aplicado (o que foi quase instantâneo com mais de 1Gb de ficheiros no cartão)
/kamelot/Haven/
Hv01 - Fallen Star.mp3
Hv02 - Insomnia.mp3
Hv03 - Citizen Zero.mp3
Hv04 - Veil of Elysium.mp3
Hv05 - Under Grey Skies.mp3
Hv06 - My Therapy.mp3
Hv07 - Ecclesia.mp3
Hv08 - End of Innocence.mp3
Hv09 - Beautiful Apocalypse.mp3
Hv10 - Liar Liar (Wasteland Monarchy).mp3
Hv11 - Here's to the Fall.mp3
Hv12 - Revolution.mp3
Hv13 – Haven.mp3
Desta maneira, o leitor de mp3 vai tocar as músicas pela ordem do índice que é a ordem correcta para passar o álbum.
Todas as pastas foram organizadas alfabeticamente e também o conteúdo de cada pasta, então bastará aplicar o fatsort após cada alteração nas musicas do leitor para ficarmos sempre com as músicas correctamente organizadas.
Já devem ter percebido que o comando “fatsort” corre em Linux, mas acredito que haja solução para Windows se pesquisarem por “organizar FAT por ordem alfabética” devem encontrar alguma coisa do mesmo género.
Cumprimentos
ArameFarpado
13 junho 2015
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Leitores de MP3 de vários tipos e a ordem com que tocam as musicas |
22 outubro 2010
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Broadcom STA Wireless drivers no Ubuntu 10.10 |
Em modo LiveCD basta aceder a Sistema > Administração > Drivers Adicionais e activar o Controlador Broadcom STA para que o chipset BCM4313 usado no sistema wireless deste HP funcione na perfeição:

Após o Ubuntu Maverick instalado, o sistema wireless deixa de funcionar por conflito entre os drivers instalados. Tentando o mesmo processo de activar o driver proprietário como acima mencionado, dá erro e aponta-nos para um ficheiro de log do joker. Ou seja, dá merda!
A solução que arranjei foi procurar no Synaptic por todos os pacotes instalados relacionados com Broadcom e desinstalei-os. Reboot na máquina e instalei os pacotes abaixo. Novo reboot e voltei à carga com os drivers adicionais (Sistema >Administração>Drivers Adicionais) e então, o Ubuntu consegue ir buscá-los sem o tal erro. E só assim deu, pois doutra maneira aparecia sempre o tal erro do Joker!

E mais um pequeno conselho: não tentem instalar os drivers proprietários da ATI/AMD se não quiserem ficar sem o X a trabalhar...
24 janeiro 2010
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Google Reader (ou qualquer outro site) num separador do Thunderbird 3 |
Caso alguém que costume visitar este blog seja como eu, então provavelmente partilha um problema comigo: o uso vários serviços online, mas sem querer que o navegador os tenha abertos junto com sites normais.
Esta é uma paranóia normal que eu tenho, apesar de confiar no meu navegador, não confio nos sites que visito. Eu uso o Firefox, e no entanto bloqueio Flash, Javascript, e nunca estou em dois sites diferentes se tiver feito login num deles. Isto em conjunto com o hábito de ter sempre os e-mails à mão e de poder dar uma olhadela no Google Reader de vez em quando faz-me a vida difícil.
Resolver o problema dos e-mails é fácil: eu uso Gmail, por isso só preciso de activar o IMAP e configurar o meu leitor de emails - o Thunderbird - para ter os meus e-mails e todo e qualquer site ao mesmo tempo e sem preocupações.
O segundo problema é mais difícil. Apesar de existirem vários leitores de feeds, o Google Reader é o que me mais agrada, principalmente por causa das características de partilha pública (já que não escrevo muito, que partilhe muito de quem tem uma opinião semelhante à minha), entre outras características.
O que tenho usado até agora para o Google Reader é uma aplicação muito prática chamada Prism. O Prism é um navegador sem controlos, feito para que os serviços online possam funcionar como se um programa fossem.
Mas o Prism ainda tem alguns bugs, e começava a chatear-me com o excesso de janelas, por isso, decidi procurar alternativas.
Foi aí que me lembrei de um artigo no Lifehacker com já alguns meses e pensei no óbvio: tal como é possível pôr o Google Wave num separador à parte do Thunderbird, também é possível pôr qualquer outra coisa, como o Google Reader.
Então pus mãos à obra. E aqui está como o fazer:
O Thunderbird 3 tem uma característica nova muito interessante chamada "Separadores de Conteúdo". Estes separadores de conteúdo (feitos principalmente para extensões) permitem mostrar páginas web num separador, e o tal separador é persistente, ou seja, vai continuar disponível mesmo depois de fechar e voltar a abrir o Thunderbird. Para fazer um separador de conteúdo com o Google Reader só é necessário abrir a Consola de Erros (Ferramentas > Consola de Erros) e escrever o seguinte:
Components.classes['@mozilla.org/appshell/window-mediator;1'].getService(Components.interfaces.nsIWindowMediator).getMostRecentWindow("mail:3pane").document.getElementById("tabmail").openTab("contentTab", {contentPage: "http://reader.google.com/"});
Se se preferir outro site em vez do Google Reader, só é necessário substituir a parte carregada pelo endereço do site que se quiser.
O resultado final é este:
Espero ter ajudado e que tenham gostado da dica.
27 dezembro 2009
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Monitoriza o teu PC |
19 dezembro 2009
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Esmeralda o teu Linux! |
sudo apt-get install emerald
22 novembro 2009
21 agosto 2009
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aLANtejo09 |
Após quatro edições de sucesso, o Núcleo de Estudantes de Engenharia Informática com o apoio da Universidade de Évora e da Câmara Municipal de Évora, tem o prazer de apresentar a aLANtejo 2009!
A aLANtejo 2009 tomará lugar na Muy Nobre e Sempre Leal Cidade de Évora sendo por isso também uma oportunidade para entrar em contacto com o espírito universitário que nela se faz sentir e visitar uma cidade património mundial.
Este ano todo o evento será dedicado à Lan Party, focando assim todo o nosso trabalho e dedicação de modo a realizar um evento excepcional. A lan, para além de diversos jogos a torneio, contará também com vários concursos e mini-conferências. Esta quinta edição do nosso evento realizar-se-á nos dias 23, 24 e 25 de Outubro com o objectivo de superar a qualidade das edições anteriores.
Já se encontra disponível um fórum de discussão, onde podem votar nos torneios para a Lan-Party, e tirar dúvidas sobre as várias componentes do evento, podem aceder ao fórum através da pagina do evento:
www.alantejo.uevora.pt
10 julho 2009
05 julho 2009
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Quebra-cabeças para GNU/Linux |

Basicamente só temos de desenhar algo de modo a mover um objecto contra outro, mas seguindo sempre as regras da física. E ter imaginação....


Estão disponíveis vários pacotes para vários sistemas operativos no homepage do Numpty Physics, incluindo uma versão para o Ubuntu portado pelo Andreas Jonsson. Divirtam-se!
Ps.: Rodar o monitor para ultrapassar níveis, não resulta...
26 junho 2009
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Manifesto Open-Source |
É algo que nos permite verificar o real funcionamento das coisas, inclusive dos SO's que suportam e se baseiam nesta ideologia. Assim, e como estudante universitário, gostava de ver as nossas universidades, que convenhamos, são os principais pólos de desenvolvimento a nível nacional, a usarem mais software livre e a basearem-se nesse mesmo software de código-fonte aberto para leccionar aproveitando assim o factor "exemplo real" existente na comunidade.
Eu estudo no ISEL (Telecomunicações) e vejo pouca iniciativa nesse sentido (pelo menos na minha faculdade), muito por causa da protocolação existente com a Microsoft onde incluído no uso das suas tecnologias vem a disponibilização de licenças académicas dos seus produtos.
De modo a proporcionar uma base de implementação de Software Livre na minha faculdade, estou a escrever um Manifesto, que penso entregar a quem de direito e que possa tomar esse tipo de decisões, em que estejam explícitos os seguintes temas:
- Software Livre
- contexto
- licenças
- uso académico
- Exemplos reais em Portugal
- Estratégias para implementação
- Desenvolvimento tecnológico com base em SL
deixo aqui o contacto de e-mail: rafaeldecastro_at_gmail.com (substituir _at_ por @).
Desde já agradeço a ajuda.
exil3d
14 junho 2009
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IDE's - Qual o teu? |
Hoje em dia, ninguém vive (na classe de programadores) sem o apoio de um bom IDE (Integrated Development Environment, ou em portuguẽs: Ambiente Integrado de Desenvolvimento). Assim, e consoante as necessidades de cada um, existem várias opções.
Eu sou um programador académico, ou seja, os programas que faço têm como objectivo apren

Um bom IDE é aquele que, para além do sintax highlight possa também interagir connosco e com o projecto que estamos a desenvolver e assim consiga mostrar dinamicamente as opções relativas a métodos, funções, acesso a estes ou a atributos do nosso programa e, para além disto, que nos possa

Em ambiente janelinhas, e uma vez que grande parte das linguagens alvo foram implementadas pela M$, o ambiente de eleição é incontornavelmente o Visual Studio. É um bom programa, um bom IDE (e também só o uso porque para mim é de borla... xD). Fora do ambiente M$ Win, as opções dividem-se e aqui existem desde os mais básicos aos mais complexos (e sim... muitos deles também disponíveis para windows).



São idênticos ao notepad++ do windows (que se alguém souber instalar no kubuntu 9.04 esteja à vontade para se manifestar) e são a minha primeira opção para shell script e linguagens mais antigas com

Mas se o objectivo é algo mais elaborado, surgem opções como NetBeans e eclipse que, embora idênticos têm diferenças significativas: enquanto que (na minha opinião) a programação e sintax highlight é mais fácil em NetBeans (ferramenta da própria Sun), por outro lado o debug e a compilação (através do ambiente de desenvolvimento) são mais fáceis em eclipse. Pelo

Estes dois últimos são os meus favoritos... tanto em Java como em C/C++ pois não lhes falta quase nada.
Por último existe o projecto Mono Develop que é uma forte alternativa ao VS. Falta-lhe ainda bastante para atingir determinados patamares do VS mas esta ferramenta (Mono Develop) já leva um bom progresso e não demorará muito a conseguir tornar-se um IDE fantástico.

Existem ainda assim variadíssimas opções, tudo depende agora do que queremos programar e em que linguagem. E tu, que IDE e para que linguagem usas?
Deixo aqui as indicações para quem quiser instalar (Ubuntu e derivativos):
eclipse: encontra-se nos repositórios do Ubuntu assim como os plugins de suporte a outras linguagens que não o java nativo.
sudo apt-get install eclipse eclipse-cdt
(já com suporte a C e C++)
NetBeans: o melhor é fazer o download através do site e instalar a partir daí;
Instruções (com suporte a várias linguagens)
MonoDevelop: no caso do Ubuntu 9.04, a última versão encontra-se já nos repositórios;
sudo apt-get install monodevelop monodevelop-*
(instalando assim fica-se com a maior parte das ferramentas, debuggers e compiladores disponíveis)
04 junho 2009
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Festival de prémios |
- Prémio "Inginheiro do Ano"

Queria começar por dar os parabéns aos Inginheiros que projectaram e criaram a alteração dos acessos à CRIL no nó do Pina Manique para quem vem da 2ª Circular. É que eles conseguiram criar, sem se aperceber, de dois dos maiores parques de estacionamento de toda a Europa: um em plena 2ª Circular desde o Pina Manique até à rotunda do Relógio ou até Alverca como foi na Segunda - feira, e outro na radial de Benfica, outrora via com pouco trânsito.
Estes parabéns são reforçados pelo facto de antes da alteração dos acessos no Pina Manique, aquilo já ser uma bela bosta e eles terem ainda conseguido piorar aquilo! É obra!!
- Prémio "Ainda-querem-enganar-quem?"
- Prémio "Cada-um-tem-o-que-merece"
- Prémio "Voto-ou-não-voto?"

Bom, talvez ainda mude de ideias e vá votar em quem, em princípio, nos defende melhor, defende talvez mais os nossos direitos e liberdades. Refiro-me aos partidos de esquerda encabeçados pela Ilda Figueiredo ou pelo Miguel Portas, o resto da matilha é tudo de direita e não interessa nem ao menino Jesus. Para mais informações sobre o porquê de eu achar que estes personagens nos podem defender melhor aconselho a leitura do artigo do Marcos Marado. Mas caso arranjem umas urnas para meter o voto como na imagem ao lado, então vou mesmo votar...
- Prémio "Mais-um-que-abriu-os-olhos"
No último mês eu me tornei um grande fã do Ubuntu 8.10 e estou quebrando a cabeça para descobrir por que as grandes empresas ainda não adotaram essa distribuição Linux em todas as suas máquinas. Os milhões de dólares gastos todos os anos com licenças do Windows poderiam ser economizados. Me espanta o fato de os donos de empresas continuarem a pagar por um monte de código velho.
Esta última questão bem que podia ser feita a muitas empresas em Portugal que estão a passar por dificuldades e continuam a deitar dinheiro para o lixo na obtenção de licenças de software obsoleto.
- Bónus
11 maio 2009
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Tentanto tirar algumas dúvidas sobre o Software Livre |
Ao verificar um dos links que apontavam para o ultimo artigo sobre Software Livre aqui postado, fiquei a saber que provinha duma página dum fórum e o interessante nisso é que alguém comentou nesse mesmo fórum e expôs as suas dúvidas. Penso que as dúvidas que esse utilizador lá colocou são comuns a muita gente e como tal vou tentar responde-las aqui de modo a esclarecer não só a ele, como a muitos mais utilizadores que desconhecem o que é realmente o Software Livre.
Primeiro deixo aqui as quatro liberdades fundamentais que definem o Software Livre:
- (0)A liberdade para executar o programa, para qualquer propósito;
- (1)A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades. Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;
- (2)A liberdade de redistribuir, inclusive vender, cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo;
- (3)A liberdade de modificar o programa, e libertar estas modificações, de modo que toda a comunidade se beneficie. Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;
E antes de começar a responder às dúvidas do moço, vou construir um cenário para ajudar a explicar este "negócio" do Software Livre. Imaginemos que eu agarrei num software livre de gestão de dados, modifiquei-o para lhe meter algumas funcionalidades que achei que lhe faziam falta e deixei-o para download com a mesma licença. Sorte a minha, uma escola na minha zona achou que esse software lhe iria fazer um jeitão e entrou em contacto comigo para eu o instalar nas suas máquinas e dar-lhes assistência. E por um preço justo, fizemos negócio.
Indo então às dúvidas e perguntas:
Mas se é livre, porque eu vou ter que pagar para alguém instalar e dar manutenção este software para mim?
Ora essa, o software é livre mas eu tenho de pagar contas como toda a gente. Se bem que o Software Livre possa ser vendido (liberdade 2), isso não tem nada que ver com os serviços prestados. Uma coisa é o software, outra são os serviços. As empresas que negoceiam software proprietário também não fazem o mesmo?? E aí é pior porque o utilizador fica mesmo dependente das empresas e das suas vontades.
Se é livre, porque sou impedido de sugerir algo para qualquer um desenvolver para mim, e não cobrar nada por isso...?
A escola a quem eu vou prestar serviços sugere-me "n" modificações e se tal forem possíveis, irei fazê-las. Eu ou outro prestador de serviços que essa escola queira contratar, porque sendo o software livre, todos tem acesso ao código fonte. Mas uma coisa é o software, outra é eu prestar serviços a aplicar modificações por encomenda e receber pelos serviços prestados...
Claro, se todo mundo soubesse programar um Office , para que compraríamos ele?
Eu não o compro! Aliás, o Office não se compra, aluga-se licenças dele! Eu e muita gente, milhares de empresas, "n" serviços públicos e não só, já não usam o Office e optaram por Software Livre como é o caso do OpenOffice.org. E não sentem falta dele! Incrível, não é? :)
Se é livre, porque as vezes notamos que projetos deste tipo não evoluem rapidamente e muitos são rapidamente abandonados?
Pela mesma razão que nós somos um produto da evolução natural. Quem não está adaptado ou não é o melhor, pode desaparecer. O mesmo acontece com projectos proprietários, não há diferença nenhuma nisso...
Se é livre, porque não vemos muito mais pessoas se dedicando a ele e ultrapassando a qualidade dos software pagos?
Hello??!! Muitos softwares livres ultrapassam em robustez, fiabilidade e segurança os softwares pagos. A qualidade é subjectiva, depende de cada utilizador, Para muita gente, o Notepad tem mais qualidade que um Word, para muitas mais não. Para mim, o Rhythmbox tem mais qualidade que o iTunes ou o Amarok, mas é a minha opinião. A qualidade é discutível. Mas neste momento, eu e muito mais gente que entende de Sistemas Operativos, não tem dúvidas que muitas distros de Linux são indubitavelmente superiores em segurança, fiabilidade, robustez, estabilidade, etc, etc, a qualquer Windows que exista no mercado! E só o facto de o Software Livre ser livre, já o torna melhor que um software idêntico, sendo esse outro software fechado, IMHO. E olha que não são assim tão poucos os programadores que trabalham de borla ou pagos a desenvolver Software Livre...
Se é livre, deveria ter suporte contínuo, pois quando ele falha, não temos ninguém para cobrar, processar ou reclamar..
Se eu deixar de dar suporte à escola, outro poderá pegar no trabalho que eu tinha feito, estudá-lo e continuá-lo à sua maneira. O código fonte está disponível! Casos não tem faltado onde empresas ou utilizadores dependiam dum software proprietário cuja empresa que o desenvolveu e forneceu, fechou. Mas como o código fonte era fechado, os clientes ficaram pendurados sem suporte, sem apoio e sem a quem cobrar, reclamar ou processar. E agora, como é??
Se alguns estudos provam que pagar por licenças de software representa apenas 10% do custo total de uso dele, porque eu vou me abster de ter um suporte contínuo e que se sujeita às leis de mercado?
Os estudos são como as opiniões, há os mais diversos e diferentes, dependem de quem os manda fazer, dos objectivos, etc.. Por exemplo, se for a Microsoft a fazê-los ou mandar fazê-los, os resultados indicarão que é estupidamente mais barato ter software proprietário e pagar as suas licenças do que usar software livre. Em minha casa cujos computadores são feitos de maioritariamente de peças velhas ou dadas, qualquer software proprietário que eu tivesse de pagar iria representar 100% dos custos do meu parque informático! Curioso, não é? Não esquecer que um computador que use Windows, tem de ter a sua licença paga, muitas vezes a do Office tambem, o anti-vírus, firewall, etc. E depois esses softwares tem de sofrer upgrade para manter suporte, novas licenças, novo hardware, outro software, mais licenças, etc... E numa empresa é obrigatório multiplicar essas licenças pelos computadores que tem...
Empresas que tem linhas de produção que não podem parar, precisam de garantias que o sistema não vai parar e vai ter manutenção. A não ser que vc feche um contrato com um provedor sério de Linux, o seu uso fica inviável. RedHat, Suse, etc, estão neste caminho, cobram pelo suporte, então algo que deveria ser livre é cobrado. Lembre-se, custo de licença é 10% e te garante que vai funcionar, já contrato de licença de Linux sempre começa com "USE SEM GARANTIAS"...
Lá está a confusão entre o Software e a prestação de serviços! Software é uma coisa e até pode ser pago, a prestação de serviços ou suporte é outra coisa. O "contrato de licença Linux" começa com esse "Use sem garantias..." tal como muitos outras licenças EULA de software pago. Agora alguém me explique quem é que paga a empresas que tiveram seus dados devassados, roubados, destruídos por falhas de segurança ou de estabilidade de, por exemplo do Windows, por vezes representando milhões de euros de percas? Quem paga? A Microsoft? Ah e tal, a falha de segurança foi por culpa dum hacker qualquer... dum vírus e tal... Os BSODs são coisas normais e inevitáveis em sistemas operativos... Esperem aí sentados que já pagamos...
Por ser de graça a instalação e uso (sem suporte) tenho que me contentar com menos? Se o GIMP fosse tudo isso, porque até hoje Photoshop vende? Cadê a qualidade do software , onde estão controlando e gerenciando a qualidade? Porque o GIMP ainda não bateu o o Photoshop em termos de qualidade?
Eu não troco o GIMP pelo Photoshop, mas é a minha opinião e quanto à qualidade, já disse que ela é relativa, depende de cada um. Porque razão se continua a preferir o Apache em detrimento de outros softwares equivalentes proprietários? Porque razão o Diciopédia capitulou perante o Wikipedia?
1.- Aprende a programar e debugar milhares de linhas para ver se tem falhas de segurança. <---- insanidade detected, qual o leigo que vai poder conferir isso, não existe, vai ter que ficar na dependência e disposição de outros programadores que ficam analisando em seu horário livre o código <--- insanidade 2.
Com o Software proprietário não se fica à espera que essa empresa resolva a falha de segurança quando ela lhe apetecer? E que liberte o patch correctivo quando ela quiser, e se o fizer? Com o Windows tem havido verdadeiros escandalos com os patchs correctivos que não aparecem ou demoram a chegar ou ainda estragam mais do que consertam. Não se tem visto tal coisa com, por exemplo, correções de segurança para as grandes distros de Linux.
2.- Contrato uma pessoa que garanta que o firewall é bom (uhhh..) , depois para instalar e configurar este firewall, ele pode cobrar até mais do que uma licença de um firewall barato para Windows. E se este Firewall no linux por algum motivo parar, vou ter que chamar um técnico novamente para le me reinstalar, e pagar de novo. <---- A dúvida que fica, o que realmente é mais barato, o SL ou o windows?
Atenção! Não confundir Software Livre com Linux. Uma coisa é software sob uma determinada licença que existe em todas as plataformas e outra é o GNU/Linux que é um sistema operativo recheado de software, a maior parte Software Livre e também com Software não tão livre assim.
A situação acima descrita sobre a "firewall" também pode acontecer com software proprietário, mas na minha opinião parece-me ser mais inteligente usar uma solução em Software Livre porque podemos sempre mudar de "técnico" enquanto que se for com software proprietário se fica sempre dependente da empresa fornecedora do software.
M$ vende cada vez mais software pago, jogos decentes são pagos, aplicativos de escritório bons custam, tais como Lotus Notes , Office e PhotoShops da vida... não tem jeito....
Eu vejo a Microsoft a vender o windows em PCs novos devido a muita dificuldade em comprar esses mesmos PCs com outros SOs devido a imposições da Microsoft sobre os fabricantes de hardware, devido à inércia dos consumidores que estão habituados a serem pouco exigentes, à sua ignorância sobre as alternativas, à facilidade de piratearem os softwares muitas vezes com o beneplácito das empresas produtoras de software (como os vendedores de droga), mas a situação está a mudar. Devagar mas está a mudar...
Espero ter ajudado a libertar algumas dúvidas, as frases citadas acima não estão aqui a serem usadas para atacar ou criticar quem as escreveu, mas para tentar explicar a quem também tenha as mesmas dúvidas ou parecidas, o que é o Software Livre e o que o diferencia do Software não livre.
Para terminar deixo aqui um link onde se pode ver as diferenças entre as licenças GPL e uma licença EULA do Windows Vista ou Windows Me2.
09 maio 2009
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Explicando o Software Livre |
Este pequeno filme contém várias entrevistas, algumas a personalidades bem conhecidas do mundo do software, tendo em vista explicar o que é o Software Livre, sua história, em que é que ele se diferencia do software não-livre como é o software proprietário ou o software grátis, qual a sua filosofia e o porquê de ele já ser um sucesso. Já o vi e garanto que vale a pena assisti-lo!
Assistam, copiem, divulguem e distribuam este pequeno filme, é o que os seus autores pedem.
04 maio 2009
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Bootchart |
Bootchart é uma ferramenta que faz algo tão simples como medir o tempo de boot... mas, e aqui é que é diferente do resto, de tal maneira que temos a percepção do que é que é carregado e quanto tempo levou ao seu carregamento. Assim podemos analisar que elementos estão a levar mais tempo que o esperado e analisando-os um a um no nosso sistema, se podem ou não ser removidos do boot poupando tempo de inicialização tornando ainda mais rápido o boot do nosso linux.
O bootchart limita-se a, e como é referido no site:
Fornecer um shell script executado (em background) pelo kernel na fase de inicialização do sistema, recolhendo informações relativas aos processos activos, CPU e utilização do disco. Os dados são mantidos em memória e posteriormente processados para diferentes formatos de visualização e assim guardados no disco.Bootchart provides a shell script to be run by the kernel in the
The boot log file is later processed using a Java application (or the web form) which builds the process tree and renders a performance chart in different formatsinit
phase. The script will run in background and collect process information, CPU statistics and disk usage statistics from the/proc
file system. The performance data are stored in memory and are written to disk once the boot process completes.
No site da ferramenta existem pacotes de instalação para várias distros diferentes (Debian, Ubuntu, Gentoo, Mandriva, etc) o que torna as coisas mais fáceis. Em relação ao Ubuntu (onde testei), pelo menos no 9.04, existe o pacote disponível via apt.
Sempre através do normal:
sudo apt-get install bootchart
Após a referida instalação, resta testar:
no meu caso (Ubuntu 9.04) o resultado da ferramenta "vai parar" à pasta /var/log/bootchart e é aqui que ele guarda a imagem gerada com o gráfico dos componentes e tempo usados no carregamento do sistema. É apresentado também um gráfico com o comportamento do processador e disco rígido.
O meu neste momento encontra-se assim.
No próprio site são dadas informações muito úteis assim como exemplos de utilização/configuração.
E o vosso sistema... quanto tempo demora a iniciar?
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Menu circular no Gnome |

Será que esta proposta irá vingar? O Compiz teve muitas críticas iniciais e hoje é quase imprescindível. Que opinam voces?
Ambos os programas podem ser facilmente instalados a partir do Getdeb. Atenção que é necessário o Compiz ou similar para o treco funcionar...
Fonte: NoticiasLinux
08 abril 2009
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Portable Ubuntu |
Saiu há pouco algo que vos vai ajudar a mudar definitivamente (vejamos isto em termos de experimentação) para um sistema muito melhor: Portable Ubuntu.
Portable Ubuntu é um sistema, chamemos-lhe híbrido, que nos permite as funcionalidades do Ubuntu dentro do próprio windows. Isto é conseguido através de um kernel Linux modificado (coLinux) que permite assim uma execução nativa sem recurso a qualquer máquina virtual. Isto é conseguido fazendo uso dos serviços não só do coLinux mas também do servidor de ambiente XMing e do PulseAudio. Assim, e sem ter que recorrer a qualquer tipo de instalação podemos usufruir da maior parte das capacidades do Ubuntu. Não estejam à espera de algo com uma performance excepcional (tentei num desktop com 512Mb de RAM e só abriu e executou qualquer coisa quase 25/30m depois de o mandar abrir). Obtive muito melhores resultados no meu laptop (este já com 3Gb de RAM). No entanto e apesar desta lacuna de funcionamento, o sistema permite fazer quase tudo o que queremos fazer num Ubuntu "normal". O Aptitude não vem por omissão mas temos acesso ao apt-get.
Em termos de espaço o sistema ocupa uns meros 2Gb de espaço e este pode ser expandido através das instruções dadas na página do projecto.
Não precisa de qualquer instalação e basta executar o programa após o download (será feita uma descompressão dos ficheiros) e em seguida ir à pasta respectiva e executar o "run_portable_ubuntu.bat" (ficheiro batch).
O meu apresenta-se assim:


se quiserem ver num tamanho maior: aqui e aqui !!!
Página do coLinux aqui...
do Portable Ubuntu aqui... (com as instruções necessárias para o que referi antes)
Boas experiências...
01 abril 2009
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Windows 7 muda de visual |

Devido a este factor espera-se que a RC1 saia ainda antes do 3º trimestre de 2009 numa corrida desesperada para uma versão final antes do Natal.

22 março 2009
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Firefox à frente na guerra dos navegadores |

A propósito de browsers, parece que saiu o novo Internet Explorer 8 e continuando a sofrer dos mesmos problemas de segurança e lentidão da dos anteriores. Mas na verdade, ...who cares?